O governo federal arrecadou R$ 100,999 bilhões em impostos e contribuições no mês passado, recorde para meses de outubro, num desempenho vinculado à melhora no recolhimento de tributos incidentes sobre o lucro das empresas, informou a Receita Federal nesta terça-feira. A arrecadação de outubro registrou alta real de 5,43% frente a igual mês do ano passado.
Pesquisa Reuters feita com analistas do mercado mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria R$ 98 bilhões no mês passado, com as projeções variando entre R$ 93 bilhões e R$ 102 bilhões.
Pesou favoravelmente no resultado, o aumento real conjunto de 11,02% na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributos que incidem sobre a lucratividade das empresas.
No acumulado do ano até outubro, o recolhimento de tributos federais soma R$ 907,445 bilhões, com expansão real de apenas 1,36% em relação a igual período de 2012. O fisco federal informou ainda que nos 10 primeiros meses do ano, a renúncia tributária decorrente das desonerações somou R$ 64,350 bilhões.
O crescimento fraco e o alto impacto das desonerações tributárias têm impedido a arrecadação federal de registrar expansão real mais vigorosa, afetando as contas públicas a ponto de fazer boa parte dos especialistas acreditar que nem mesmo a meta ajustada de superávit primário - de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) - será cumprida neste ano.
Para tentar fechar as contas, o governo tenta fazer receita extra nos últimos meses do ano dando amplo perdão e redução de multas e juros de dívidas tributárias atrasadas avaliadas em 580 bilhões de reais. Com isso o governo espera recuperar até R$ 12 bilhões ainda este ano.
Fonte: Terra
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